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Vivemos em uma era onde a aparência é constantemente colocada sob os holofotes, especialmente com o impacto das redes sociais e da mídia. A busca por padrões de beleza irreais tem contribuído para o aumento da insatisfação corporal, uma questão que afeta pessoas de diferentes idades, gêneros e origens.
Essa insatisfação muitas vezes está ligada à distorção da imagem corporal, um fenômeno psicológico que altera a maneira como enxergamos nosso próprio corpo, geralmente de forma negativa. As consequências dessa percepção distorcida vão além da autoestima, podendo impactar profundamente a saúde mental, levando a transtornos como ansiedade, depressão e transtornos alimentares.
Explorar as causas, os sinais e os impactos desse tema é essencial para promover um diálogo sobre autoaceitação, saúde emocional e a desconstrução de padrões prejudiciais. Boa leitura!
Definição de Imagem Corporal e Insatisfação Corporal
☺️ Imagem corporal refere-se à percepção, pensamentos e sentimentos que uma pessoa tem sobre seu próprio corpo. Essa percepção pode envolver aspectos físicos, como tamanho, forma e aparência, bem como como acreditamos que os outros nos veem. A imagem corporal pode ser positiva, neutra ou negativa, dependendo da relação que a pessoa tem com seu corpo.
😞 A insatisfação corporal ocorre quando a pessoa apresenta sentimentos negativos em relação ao próprio corpo ou a partes específicas dele. Geralmente, é causada pela discrepância entre a aparência real da pessoa e os padrões de beleza socialmente idealizados. Essa insatisfação pode levar a comportamentos prejudiciais, como dietas extremas, exercícios excessivos ou baixa autoestima, além de estar associada a problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade.
O estudo de Thompson em 1992, realizado em colaboração com Heinberg, propôs que a imagem corporal pode ser compreendida através de três componentes principais, que ajudam a explicar como as pessoas percebem e se relacionam com seus corpos:
1. O Componente Perceptivo: Refere-se à precisão com que uma pessoa percebe as dimensões do próprio corpo, como tamanho, forma ou peso. Algumas pessoas podem superestimar ou subestimar essas características. Esse componente está diretamente ligado a como a imagem corporal é fisicamente percebida. Alguém com distorção perceptual pode acreditar que é maior ou menor do que realmente é.
Por exemplo: “Eu me vejo como uma pessoa feia e gorda”.
2. Componente Subjetivo: Relaciona-se aos pensamentos, emoções e crenças que a pessoa tem em relação ao próprio corpo. Inclui sentimentos de satisfação ou insatisfação corporal. Esse aspecto é fortemente influenciado por fatores culturais, sociais e psicológicos. Alguém pode se sentir bem com uma parte do corpo e desconfortável ou insatisfeito com outra.
Por exemplo: “Sempre me incomodei com minhas coxas, sinto que são desproporcionais em relação ao resto do corpo, mesmo que ninguém mais pareça perceber.”
3. Comportamento Associado: Diz respeito a como as percepções e atitudes em relação ao corpo influenciam os comportamentos. Isso pode incluir ações como evitar olhar no espelho, usar roupas largas para esconder o corpo, ou, em casos mais extremos, recorrer a dietas rigorosas ou cirurgias estéticas.
Por exemplo: “Deixo de postar selfies porque acho que meu rosto nunca fica bem nas fotos.”
Trata-se de uma expressão afetiva de uma experiência corporal negativa que se manifesta quando há uma grande diferença entre a imagem que você tem do seu corpo e a imagem real.
Esses três componentes interagem entre si e são essenciais para compreender como a insatisfação ou a aceitação corporal se desenvolvem.
Estudos sobre Imagem Corporal e Insatisfação Corporal
De certa forma, todos nós temos insatisfações com o nosso corpo. Um estudo do ELSA-Brasil, avaliou fatores associados à insatisfação com a imagem corporal em adultos. Ele revelou diferenças significativas entre os gêneros:
♀️Mulheres tendem a se sentir mais insatisfeitas com o peso, especialmente por se considerarem acima do peso. Além disso, a insatisfação por se sentirem magras também foi observada, mas em menor grau.
♂️Homens, por outro lado, frequentemente expressam insatisfação tanto por se sentirem acima do peso quanto por se considerarem magros, com uma preocupação maior em relação à musculatura e ao porte físico.
Em uma pesquisa publicada em 2006 na Revista Brasileira Ciência e Movimento, foi observado que o descontentamento das mulheres em relação ao próprio corpo está associado a adiposidade nos quadris, nádegas e coxas.
♀️As mulheres são menos satisfeitas com seus corpos e que adotam estratégias para perder peso, enquanto os homens adotam estratégias para aumentar a massa muscular e peso corporal
Além disso a imagem corporal negativa está correlacionada com baixa autoestima, depressão, ansiedade e tendências obsessivas compulsivas em relação à alimentação e à prática de exercício físico.
♂️Nos homens, há evidências de que o ideal corporal começou a mudar por volta de 1980, com os corpos masculinos excedendo o limite da capacidade muscular com o uso de esteroides anabólicos.
O corpo ideal para eles seria: mesomórfico, com ombros largos, maior desenvolvimento da parte de cima do corpo – peitorais, dorsais e braços – e quadris estreitos.
As maiores influências para o desenvolvimento da imagem corporal nesta fase são a família, grupos inter-relacionados e os meios de comunicação.